Ginseng / Rénshēn – (參 / Cān)

Rénshēn ou Réncān- 人蔘

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Nome Popular: Ginseng

Nome Científico: Panax Ginseng C. A. Meyer

Familia: Araliaceae

Categoria

  • Ervas que tonificam o Qì

Propriedades MTC

  • Sabor: Doce / Ligeiramente Amarga
  • Temperatura: Ligeiramente quente
  • Meridianos: Pulmão e Baço

O Rénshēn / Réncān – 人蔘, possui milhares de anos de história, é uma planta nativa do nordeste da China e da Coreia. Por considerar que esta planta seria capaz de restabelecer a saúde, denominou-se o género de “Panax”, numa referência clara a panaceia, pelo utilização na Idade Média para o tratamento de, e, todo o tipo de patologias. É resultante da união das palavras “pan” (todo) e “akos” (cura), o que converge na crença de que será capaz de beneficiar todo o corpo. Denominada pelo seu nome científico como Panax Ginseng C.A. Meyer (família Araliaceae).

O termo “Rénshēn / Ginseng” deriva de um termo chinês que designa “raiz-homem”, devido às semelhanças morfológicas da raiz da planta com o corpo humano. Porém ao estudar os caracteres encontramos 人 “Homem” e, 蔘 “fazer parte de”, que é dividido em 3 partes significando brilho/cristal, luz e três, que representa A constelação das 3 estrelas na Astrologia Chinesa. Talvez daqui que influencia a crença de considerarem uma das ervas superiores (de deus). Quando juntos e empregados em algumas frases especificas o caractere possui o significado de “fazer parte de”.

Outras interpretações

Em mandarim também podemos ler como Cān no lugar do shēn, levando a outros significados como “participar”, “aconselhar”, “juntar-se” e “intervir”, também traz o entendimento de seus princípios e funções terapêuticas na prática da Medicina Chinesa.

Como tudo na filosofia e medicina chinesa temos ensinamentos e explicações nas entrelinhas, ao fazermos um estudo mais filosófico e quebrarmos a construção do ideograma 蔘, encontramos 厶 (privado / secreto), 大 (grande / magnifico / vasto / alto / profundo), 彡 (fios / luz do sol). Acredito que de todas as formas percebemos o quanto é valorizada essa planta para o consumo.

A planta medicinal (fármaco) é constituída por rizoma ou raízes secas (inteiras ou fragmentadas) de plantas com 4 a 6 anos de idade, quando o seu teor de ginsenosideos, a principal classe de compostos bioativos, atingem sua concentração máxima. É uma planta perene de pequenas flores brancas (que florescem a partir do terceiro ano do seu ciclo de vida) e possui bolas vermelhas (frutos).

Todas as partes da planta contêm compostos farmacologicamente ativos, apesar de estarem mais concentrados na raiz.  Pode-se encontrar no mercado em diversas formas de preparações, sendo isoladas ou em misturas com outros ingredientes: raiz fresca, extratos alcoólicos, cápsulas, tisanas, extratos secos pulverizados, cigarros, entre outras.

In natura encontramos:

  • Fresco: que se resume à raiz não processada, geralmente de cor branca amarelada e clara;
  • Branco: que consiste no Ginseng fresco pelado e desidratado à temperatura ambiente, ao qual são retiradas as raízes secundárias e as radículas;
  • Vermelho: obtido através da exposição das raízes ao vapor de água, com posterior secagem, com retirada das raízes secundárias e das radículas, mas não da periderme, processo que altera a cor do produto (vermelho-acastanhado) e que permite conservar a raiz por um grande período.

Dietoterapia:

Usada no leste Asiático por mais de 4000 anos como um agente tônico, profilático e restaurador, promovendo saúde e longevidade, tem se provado eficiente ao longo dos anos. Atribui-se ainda ao Ginseng a capacidade de restabelecer distúrbios dos órgãos e vísceras (baço, estômago, fígado, intestino), de incrementar a resistência a agentes externos causadores de doença (atividades antimicrobiana e antioxidante) e de promover as capacidades físicas e mentais de indivíduos dentes e saudáveis.

Fitoterapia:

É valorizada por suas importantes promessas biológicas e químicas no tratamento de uma variedade de condições patológicas e diversas doenças. Estão ainda descritas em estudos científicos com características curativas antivirais, antiagregante, antioxidante e de tónico cardíaco.

A Medicina Tradicional Chinesa proclama desde tempos antigos seus efeitos bioativos benéficos no bem-estar e na saúde humana como antifadiga, anti-idade, antitumoral e fortalecedor / ativador do sistema imunológico. Quando utilizada neste contexto, é considerada bastante eficaz em tratamentos secundários que apresentam cefaléias, tonturas, cansaço físico e mental, asma e impotência. Desde que mantidos os tratamentos primários de uma desarmonia raiz.

Ações pela MTC:

  • Tonificar o Yan Qì, a energia do Estômago e Baço, a energia do Pulmão;
  • Gerar fluidos corporais e interromper a sede;
  • Tonificar a energia do Coração e acalmar o espírito;
  • Impotência sexual masculina;
  • Tonificar o Qì em padrões de deficiência quando em condições externas.

Benefícios comprovados:

  • Fadiga e Fraqueza;
  • Atividade anticancerígena;
  • Atividade adaptógena corporal.

* Dosagens e contraindicações especificas e uso em tratamentos: Verificar Artigo destinado a Terapeutas

CONTRAINDICAÇÃO GERAL:

  • Hipersensibilidade à substância ativa.
  • O uso não é recomendado em crianças e adolescentes menores de 18 anos. (ANVISA: ver seção 4.4 Advertências e precauções especiais de uso). Por falta de estudos específicos e a ingestão de Etanol.
  • A segurança durante a gravidez e lactação não foi estabelecida. Na ausência de dados suficientes, o uso durante a gravidez e lactação não é recomendado. Não há dados sobre fertilidade disponíveis. Procure um profissional habilitado

REAÇÕES INDESEJADAS no excesso de uso:

  • Reações de hipersensibilidade (urticária, coceira), insônia e distúrbios gastro-intestinais como desconforto estomacal, náusea, vômito, diarreia e constipação têm sido relatados.

A frequência não é conhecida. Caso ocorram outras reações adversas não mencionadas acima, um médico ou um profissional de saúde qualificado deve ser consultado.

Referência:

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